Chega ao fim uma luta de mais de 20 anos dos voluntários que cuidam dos gatos que vivem na sede do Jockey Club, na Gávea, na área social e no hipódromo. O clube acaba de oficializar seu apoio aos animais, que começou no fim do ano passado: um centro veterinário foi criado para recolher os animais doentes e os abandonados, que são vermifugados e castrados. Os gatos adultos são, então, devolvidos às suas colônias dentro do clube e os filhotes oferecidos para adoção. O Jockey também criou 25 pontos de alimentação, em casinhas construídas para organizar a colocação de comida e água, melhorando a higiene e o desperdício causado pela ação de pombos e da chuva. Um funcionário, aliás, foi deslocado para distribuir ração e água para os gatos.
Edna Duarte é uma das cuidadoras voluntárias dos felinos e está bastante satisfeita com a atitude da gestão do presidente Carlos Eduardo Palermo. “Colocaram a meu pedido, inclusive, placas alertando motoristas para o risco de atropelamento dos gatos, que acontece muito”, comenta. Edna acrescenta que, a partir de agora, vai poder revelar a origem dos gatos nos anúncios que costuma publicar na internet, oferecendo os bichanos para adoção.
Segundo o Jockey, são mais de 600 os gatos que atualmente vivem na área do clube. A diretoria alerta que não há mais capacidade de receber novos animais e, para isso, instalou câmeras de segurança, instalou grades e avisos que lembram que o abandono de animais é crime de acordo com a Lei Federal 9.605/98.
Apesar de todos esses cuidados, os abandonos ainda continuam acontecendo. Há menos de um mês Edna recolheu um “sialata” (mistura de siamês com viralata) que, felizmente, já encontrou um dono para chamar de seu.