A astrofísica gaúcha Thaísa Bergmann é uma das cinco cientistas de todo o mundo que vão ser homenageadas, dia 18, em cerimônia na Sorbonne, em Paris, com o Prêmio L’Oréal –UNESCO para mulheres na ciência. Thaísa, que também está representando a América Latina, tem um trabalho que levou ao entendimento de como buracos negros maciços se formam nos centros das galáxias, como evoluem e se moldam – descobertas que podem conter o segredo para uma das indagações mais importantes da história da humanidade, sobre como o universo se formou.
Já a goiana Carolina Andrade está entre as 15 jovens de todo o planeta que vão receber um outro prêmio, criado este ano, o programa International Rising Talents (Talentos Internacionais em Ascensão). A farmacêutica é autora de uma pesquisa para o tratamento da Leishmaniose, doença que afeta cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo.
Thaísa vai ser tornar a sexta brasileira premiada nas 17 edições do prêmio L’Oréal-Unesco. Sua foto, com as das outras quatro homenageadas, já está em exposição nos terminais dos aeroportos Charles de Gaulle e Orly, em Paris, feita pela fotógrafa Brigitte Lacombe.
Apesar de o programa Para Mulheres na Ciência já ter incentivado o trabalho de 2.250 cientistas desde 1998, muito progresso ainda precisa ser feito para se atingir o equilíbrio de gêneros: apenas 30% dos pesquisadores do mundo são do sexo feminino, e continuam muitos os obstáculos e desafios que desencorajam as mulheres a entrar ou fazer carreira na ciência.