O carioca, ex-Secretário do Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc (Deputado Estadual pelo PT), é geógrafo, professor, ambientalista, político, ex-guerrilheiro e economista, ou seja, título aí não falta. Nunca fez nada em defesa dos drogados ou algo assim, mas todos adoram ouví-lo sobre o assunto. Por ser presidente da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional? Talvez.. Minc comenta o caso do professor da UERJ preso por tráfico de drogas, por ter uma plantação de maconha em casa.
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Na última quinta-feira (29/01) um pesquisador da UFRJ foi autuado na Zona Sul do Rio por tráfico de drogas por ter uma plantação de maconha em casa. O que falta à polícia carioca para fazer uma distinção mais clara entre usuário e traficante?
“A prisão do professor é hipócrita. Não havia balança, nem armas, nem antecedentes. Típico caso de pequeno plantio para autoconsumo. A Lei Federal de drogas de 2006 equivale este plantio para autoconsumo ao pequeno consumidor, e veda a prisão, permite só multa e advertência. A falha foi não descriminalizar e não definir a quantidade para o consumo e plantio.”
Sobre a liberação do uso medicinal do canabidiol pela Anvisa, não é um procedimento ainda muito burocrático? Nossos parlamentares não poderiam intervir nesse processo para tornar as leis mais simples?
“Há alguns bons Projetos de Lei tramitando no Congresso, mas enfrentando a maioria moralista e reacionária. O Canabidiol é apenas um primeiro passo.”
O Uruguai, que liberou recentemente a maconha, pode ser um exemplo para o Brasil?
“O Uruguai pode e deve ser um exemplo a ser observado e aperfeiçoado no que couber.”