O diplomata Leandro Waldvoguel voltou para São Paulo com lembranças literalmente marcantes do carnaval passado na Bahia. Tudo estava bem, ele estava encantado com os baianos, sua energia e alegria, até que resolveu sair num bloco. “Nunca vi tanta truculência”, disse Leandro. “Sem que eu tivesse feito nada, a não ser esticado meu braço para pegar uma cerveja, levei um soco na cara, caí no chão e tomei algumas cacetadas de dois policiais. Meu amigo negro, dos Estados Unidos, perdeu o dente da frente sem ter feito nada ilegal ou ter provocado a polícia. Não vi violência nenhuma no carnaval que não tivesse vindo da nojenta Polícia Militar de Salvador”, completa.
E provoca: “Sou branco, adulto, e estava com abadá de um bloco caro. Não posso imaginar o que passa um negro pobre nas mãos desses animais”, conclui. “Volto pra casa com memórias lindas dos trios e dos meu novos e velhos amigos, e com as costas roxas”, finaliza.