Da nova leva de jurados anunciados para julgar o desfile das escolas de samba do grupo especial, no próximo carnaval, dois são bem conhecidos do site. O arquiteto Chicô Gouvêa já teve, inclusive, uma aula de três horas sobre o seu quesito, alegoria e adereços. “É um julgamento super minucioso e é uma honra poder participar dele! Já desfilei muito e agora chegou a hora de ir para o outro lado”, fala, entusiasmado. Chicô diz que não vai visitar nenhum barracão nem vai colocar os pés nas quadras das escolas. “Quero ter a surpresa da hora, vou tentar ser o mais justo possível – é praticamente a vida de pessoas que está em jogo. O ambiente é muito sério na Liesa, não tinha ideia que fosse assim”, conta.
Fernando Bicudo não é novato como jurado. Em 1986, a convite do vice-governador Darcy Ribeiro, analisou o quesito conjunto. “Foi muito divertido, ótimo”, lembra. Desta vez, vai dar notas para o quesito enredo, “o mais complexo”, define. “O Jorge Castanheira (presidente da Liesa), quando me convidou, disse que gostaria muito de ter o homem da ópera para julgar a ópera popular”, diz o ex-diretor do Theatro Municipal do Rio.
Da mesma maneira que Chicô, Bicudo não teme reações mais exaltadas às suas notas. “Sou muito justo e com a arte não se faz conchavo. Não vou favorecer nem A,B ou C, porque não devo nada a ninguém e quero contribuir para o sucesso do maior espetáculo do mundo”. Ele conta que já desfilou em quase todas as escolas, em cima de carro, de destaque, no chão e na comissão de frente, mas que, no últimos anos, tem assistido ao desfile em frisas. “É o melhor lugar para se assistir, nos camarotes das cervejarias você fica disputando lugar e acaba olhando pela tevê. Este ano, vou de camarote, sem ninguém na minha frente”, brinca.