O artista plástico Carlos Vergara cumpre, 40 anos depois, um desejo do amigo Hélio Oiticica, que pediu a ele que fizesse uma de suas Cosmococas – Oiticica costumava elaborar projetos com autoria dividida, com execução feita por terceiros. Renô Gone, seu amigo dos tempos da Mangueira, do Mangue e do Morro de São Carlos, acabara de ser encontrado morto, o que tinha deixado Oiticica muito abalado.
Vergara vai, nesta quarta-feira (17/12), finalmente realizar o projeto, na exposição “Imagens da escuridão e da resistência”, no MAM, com abertura às 19h. Embora não tenha cumprido todos os itens à risca, o gaúcho fala de morte, prisão, saudade e liberdade de forma poética, como Oiticica queria. No lugar da “coca oculta” que constava da ideia original, Vergara colocou a poeira decorrente da implosão do Complexo Frei Caneca, onde Renô esteve preso.