A triste imagem acima é de uma paca atropelada nesse último fim de semana, no Parque Nacional da Tijuca. De acordo com pesquisa sobre fauna atropelada, da professora Cecília Bueno, da Universidade Veiga de Almeida, e do aluno Bruno Valle, a estação do ano em que ocorre maior incidência dos atropelamentos é justamente a primavera – portanto, até 21 de dezembro, os animaizinhos ainda correm sério risco. A explicação científica para isso é que a primavera modifica o comportamento da fauna: os bichos saem mais da toca para se acasalarem e tomarem sol, ficando mais vulneráveis.
Segundo dados de 2014 do CBEE (Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas), são mais de 450 milhões os bichos selvagens atropelados por ano no país, o equivalente a 15 animais por segundo. Para quem está achando o número inacreditável, o CBEE tem até um atropelômetro em funcionamento (http://cbee.ufla.br/portal/atropelometro/) – 90% dos animais mortos são os de pequeno porte, como sapos.
No Parque Nacional da Tijuca há placas alertando sobre a velocidade máxima permitida, que é a de 30km. Quando um dos vigilantes ou a equipe de ronda identifica um carro em alta velocidade, o motorista é abordado, mas não há como fazer um monitoramento mais severo de todas as vias do parque.