Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, vai encaminhar um relatório sobre os furtos e arrastões que perturbaram o clima usualmente pacífico da Parada do Orgulho LGBT do Rio, que aconteceu esse domingo (16/11) em sua 19ª edição. Para ele, o que houve não foi violência homofóbica, “mas violência em evento de massa, sendo, portanto, fora de nossa expertise. Cabe aos órgãos de segurança pública a competência para uma análise correta sobre o fato”, decidiu.
O certo é que o saldo positivo ultrapassou, em muito, os episódios agressivos. Desde cedo, o lounge Rio Sem Preconceito, tenda colocada no Posto 5, ficou cheio de senhorinhas que faziam aulas de ginástica com professores de educação física do município e onde profissionais ofereciam massagens gratuitas, de frente para o mar. Dali, todos saiam inspirados para pintar um lanço vermelho na pele com os batons distribuídos ou usar um lacinho da mesma cor, também oferecido, e participar do desafio lançando pela coordenadoria para chamar a atenção para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, em 1º de dezembro.
Letícia Spiller, que interpreta uma drag queen no filme “O casamento de Gorete”, estava incorporando o personagem com um salto imenso, de mais de 30cm, mas que não a impedia de ir de um lado a outro do trio elétrico. O ator Rodrigo Sant’Anna, evocando sua personagem da TV Valéria Bandida, conseguiu boas gargalhadas do público. “Peguei três ônibus de Caxias só pra vir pro fervo que é essa parada de Copacabana”, disse ao microfone.
A drag queen Silvetty Montilla veio de São Paulo só para a Parada que, como de costuma, foi aberta com o Hino Nacional cantado por Jane di Castro. Logo depois o DJ soltou o hit “Beijinho no Ombro”, de Valesca Popozuda, e a festa deslanchou.