Maria Luísa Mendonça tem um atelier montado na Urca há 16 anos e estuda há oito anos no Parque Lage – dos quais cinco com Iole de Freitas – mas só agora tomou coragem para exibir sua primeira obra ao público como artista plástica. Nessa quarta-feira (26/11), ela mostrou na galeria Artur Fidalgo, em Copacabana, sua instalação “Genética da Memória”.
Filha da também artista plástica Lígia Mendonça, Maria Luísa – que depois de encerrar sua fase no Parque Lage emendou com um grupo de estudos comandado pelo crítico Paulo Sérgio Duarte – conta que foi uma estudante “pé de boi”. “Coloquei a mochila nas costas, fiz muito trabalho em casa para ser avaliado e estudei muito – sei que o buraco é bem mais fundo”, diz. O resultado de tudo isso é que ela já tem uma boa massa de telas e esculturas, que vai dar origem à sua primeira individual – na noite do vernissage, ela foi convidada por Paulo Sérgio Duarte a fazer uma exposição na Candido Mendes, em 2016.
Na Artur Fidalgo, o público entra numa espécie de cubo de paredes pretas e pode deitar num colchão para apreciar uma tela e ouvir um conto escrito e lido por Maria Luísa. Também é projetado na tela um vídeo do momento em que a atriz pintava o quadro. “Pintar não é um hobby”, assegura, afirmando que dá muito bem para conciliar o atelier com TV e cinema. Ela acaba de gravar a série “Magnífica 70”, que vai ao ar em março no HBO.