Diante dos indícios de que o Rio vai enfrentar o segundo verão com pouca chuva, os engenheiros cariocas vão se reunir para tentar evitar uma crise de falta de água no Rio, igual à que os paulistas enfrentam. Em encontro no Clube de Engenharia, dia 4 de dezembro, vão ser buscadas soluções de curto, médio e longo prazos junto aos dirigentes da Cedae, Wagner Victer, e do INEA, Rosa Formiga.
Uma usina de dessalinização da água do mar é uma das propostas que vão ser estudadas, embora seja um investimento caríssimo: a usina mais barata em funcionamento, na Califórnia, não custou menos que US$ 1 bilhão e produz 200 mil m³ de água doce por dia.
Outra alternativa, mais viável, é o controle da perda de água na distribuição do líquido: o Rio consome 50m³ por segundo, de água proveniente de quatro reservatórios abastecidos pelo rio Paraíba do Sul, mas cerca de 20% desse total se perdem no caminho. Um terceiro ponto que vai ser debatido é a revitalização das bacias hidrográficas da região, atingidas pela poluição.
De acordo com especialistas, no próximos cinco anos vão ser necessários investimentos de cerca de R$ 9 bilhões no eixo Rio-São Paulo.