O atual modo de vida altamente industrializado já comprovou a sua insustentabilidade, gastando os recursos naturais de forma desordenada, em troca do lucro fácil e do luxo desenfreado, enquanto milhões de pessoas espalhadas pelo planeta carecem do mínimo necessário para sobreviver.
Já faz muito tempo que é quase impossível ver pássaros ou estrelas nas metrópoles, e uma espessa nuvem de poluição cobre o pico dos arranha-céus, quase sempre o local mais cobiçado pelos mais ambiciosos.
Todos esses erros afetaram profundamente as condições de vida na superfície do planeta. A cada dia, mais pessoas precisam de recursos, e já é quase impossível, para os ‘donos do poder’, manter na escravidão determinadas regiões miseráveis do planeta, onde até crianças muito pequenas trabalham por um salário de fome nas grandes instalações de grupos famosos.
Nesse meio tempo, a contaminação industrial de vários tipos continua aumentando consideravelmente.
Para manter vivo o sistema, é necessário ter disponível uma enorme quantidade de energia derivada das últimas fontes do ‘ouro negro’, muitas vezes localizadas a 8/10 mil metros de profundidade no oceano, o que encarece muito o produto.
Durante vinte e quatro horas, em uma metrópole, consome-se em petróleo o equivalente à vegetação que cresce durante um ano no planeta.
O uso desregrado dos combustíveis fósseis provocou o aquecimento global com consequências desastrosas, colocando em risco a espécie humana.
Também é preciso lidar urgentemente com o crescente problema do lixo, incluindo os produtos industriais tóxicos descartados sem nenhuma solução razoável. Os projetos de reciclagem ainda não encontraram eco na sociedade egoísta e consumista, inconsciente da interdependência.
O problema é grave. O planeta está secando. Além da poluição das águas, tanto doce quanto salgada,
as poucas fontes de água pura que ainda existem estão sendo compradas a preço de ouro por grandes corporações.
É o novo ‘ouro branco’!
Em alguns pontos, a Terra está em convulsão.
Terremotos violentos, vulcões e ondas gigantes vêm provocando a morte de milhares de pessoas e a destruição de cidades inteiras.
Diferentes tipos de pestes ameaçam os desabrigados, e as ajudas que os países mais ricos estão enviando não são suficientes para neutralizar os estragos.
O mundo está transformando-se em um lugar muito perigoso, e as pessoas vivem disfarçando o medo que sentem, fingindo que nada está acontecendo.