A coluna desta semana é dedicada, em parte, ao guarda-roupa masculino, com dicas de lojas e tendências para homem.
Para começar o assunto, uma boutique de sapatos que é bacanérrima!
Um dos endereços preferidos dos dândis parisienses para comprar sapatos feitos à mão é a boutique do estilista Philippe Zorzetto.
Philippe começou a se interessar pela criação de sapatos quando descobriu, no sótão da casa de seu avô, vàrias formas de sapatos dos anos 30. Essas formas serviram de inspiração para suas coleções. Sempre com material nobre, com detalhes diferenciados, seus sapatos primam pela qualidade, conforto e modernidade.
Com uma clientela estrelada, suas coleções já se tornaram referência de bom gosto. Com texturas únicas, são o equilíbrio exato da elegância dos anos 30/40 e seus modelos frequentam as páginas das revistas de moda especializadas.
Apaixonado pela criação, Philippe lançou recentemente um livro super interessante sobre os novos criadores parisienses na haute couture, prêt-à-porter, acessórios e calçados, “Les nouveaux créateurs à Paris”.
Boutique Philippe Zorzetto
106 Rue Vieille du Temple, 75003 Paris
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A boutique The Broken Arm.
Um espaço super clean em madeira, com mesas antigas, onde são expostos os acessórios.
O espaço moda é repartido em várias marcas francesas, com Carven, Kenzo e Christophe Lemaire, entre outras.
Está à mostra uma coleção de tênis Nike, em cores especiais, e acessórios em couro.
Tem um espaço simpático, livraria e música, e um pequeno restaurante para lanches rápidos. Vale a pena visitar.
12, rue Perrée, 75003 – Paris
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A Royal Cheese, uma mistura de cultura eletrônica e moda streetwear, é um endereço colorido que tem uma seleção de t-shirts com impressões gráficas incríveis, uma seleção de jeans coloridos bacanérrima, acessórios e calçados.
Com dois endereços em Paris, as lojas estão sempre cheias.
Royal Cheese
22,24 Rue Tiquetonne – 75002
26, Rue de Poitou – 75003
Cuisse de Grenouille é a boutique de surf em Paris.
A boutique tem um estilo gentlemen surfistas, que propõe uma moda elegante e urbana, à imagem dos surfistas dos anos 50.
É super interessante a forma com que eles transportaram o espírito de liberdade desse esporte para a coleção que é completa: calças, casacos, camisetas e bermudas,como se você estivesse surfando em Paris.
Cuisse de Grenouille
5, Rue Froissart – 75003
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A boutique Centre Comercial é uma continuação do trabalho dos proprietários que lançaram o tênis Veja.
Um endereço onde você pode ter certeza que não encontra nada “made in China”! A proposta é ecológica, cool e moderna.
Quase todas as marcas são “made in France”.É um paraíso do consumo masculino, a seleção dos artigos é super hype e há uma opção de escolha enorme dentro de um espaço com decoração clean e zen.
Boas compras!
Centre Commercial
2, Rue de Marseille – Paris
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O segundo filme sobre a vida e obra do grande costureiro Yves Saint Laurent, do diretor Bertrand Bonello, com o ator Gaspard Ulliel no papel do estilista, estreou nos cinemas parisienses com enorme sucesso.
O longa metragem é impressionante e a transformação do ator Gaspard Ulliel em Saint Laurent é brilhante.
O diretor se interessou pela carreira de Saint Laurent entre 1967 e 1976, depois de ter saído da Chez Dior e já dono de sua própria marca – mostra, sem pudores, o universo criativo e íntimo do estilista. Os conflitos entre ele e seu namorado Pierre Berger estão presentes no longa, mas o personagem de Pierre não tem tanta importância como foi o caso do primeiro filme sobre Saint Laurent, onde, às vezes, ele parecia ser mais importante que o próprio estilista.
Uma alma atormentada entre a criação e a depressão crônica, com excessos na droga, bebida e sexo, cenas fortes de uma realidade às vezes desconcertante revelam os conflitos internos, as angústias, a busca incessante de sexo e seu amor louco por Jacques de Bascher (interpretado pelo sexy Louis Garrel), o gigolô dândi de Karl Lagerfeld na época.
E misturado a tudo isso, seu ateliê com o clima de euforia a cada desfile, suas criações deslumbrantes que revolucionaram a moda, suas fiéis amigas Loulou de la Falaise e Betty Catroux e o amor por sua mãe, que sempre foi seu exemplo.
Uma grande obra, surpreendente e fascinante, indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro. Merece ganhar.
A participação especial do ator Helmut Berger é admirável – ele é o famoso amante do diretor Luchino Visconti que se transformou em ator.
P.S. O primeiro filme de Saint Laurent que já passou no Brasil, do diretor Jalil Lespert com o ator Pierre Niney no papel do estilista, é também uma ótima obra e a interpretação de Niney é sublime.
O único senão é que o personagem de Pierre Berger toma uma proporção enorme no filme e, também, a forma um pouco leve de mostrar os conflitos internos, as angústias e a vida desregrada do estilista.
Foi o filme escolhido por Berger para ter o apoio da fundação Pierre Berger – Yves Saint Laurent, e, agora, sabemos o porquê.
Paraíso dos cinéfilos!
O novo prédio da Fondation Jerome Seydoux-Pathé, em Paris, tem chamado a atenção de todos os que passam na Avenue des Gobelins. O arquiteto Renzo Piano criou um casulo gigante, entre os prédios da fundação, que tem 2.200 m² com andares inteiramente dedicados à sétima arte.
O prédio já era famoso por sua fachada tombada pelo patrimônio histórico, com uma obra de Auguste Rodin.É um verdadeiro universo dedicado ao cinema, com sala para filmes mudos, espaços para exposições com ateliê pedagógico e centro de pesquisa de documentação cinematográfica, acessível a todos.
Vale a pena conhecer.
Fontation Jerome Seydoux-Pathé
73 Avenue des Gobelins – Paris
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A Fondation Henri Cartier-Bresson, em Paris, apresenta uma expô do trabalho do fotógrafo americano William Eggleston, um dos pioneiros a fotografar em cores na América. A exposição conta a passagem do preto e branco a cor, nos meados dos anos 70. William fotografava como poucos o décor do cotidiano no Sul dos Estados Unidos.
Seu universo não pode ser explicado apenas pelo efeito da película. Ele é um dos raros fotógrafos a não dar ideia de sequência, conseguindo, com sua lente, captar um momento comum urbano e transformá-lo em único, retirando, com sutileza, sua banalidade.
Até 21 de dezembro
Fondation Henri Cartier-Bresson
2 impasse Lebouis
75014 Paris
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