A Acibarrinha (Associação Comercial e Industrial da Barrinha) e o movimento Barralerta temem que a promessa de Eduardo Paes, de criar o transporte hidroviário nas lagoas da Barra e Jacarepaguá, caia no esquecimento. O processo de despoluição das lagoas, necessário para a navegação, começou há três meses com os trabalhos de dragagem, que pararam sem explicação. “Não sabemos se houve algum problema operacional na dragagem”, diz Gustavo Gorayeb, diretor da Acibarrinha. Na dúvida, ele está lançando a campanha “Transporte Hidroviário, nós queremos”, para esclarecer a população da importância do transporte por barcos, associado ao BRT e ao metrô.
De acordo com estatísticas, a Barra recebe cerca de 7 milhões de usuários de transporte público por mês. “Com os barcos, também podemos tirar muitos carros de circulação”, explica Gorayeb. “Uma linha circular foi planejada para parar em condomínios e nos fundos dos shoppings: ninguém vai precisar tirar o carro da garagem para fazer compras”, acrescenta. Outra linha ligaria o Recreio até o Jardim Oceânico, onde vai funcionar a estação da Linha 4 do Metrô. “Moradores de Rio das Pedras, que formam grande parte da mão de obra do bairro, vão poder contar com outra opção de transporte que não as vans de milicianos”, prossegue o diretor da Acibarrinha.
As duas entidades também querem apresentar ao prefeito um estudo sobre a utilização de barcos com motores elétricos, movidos a energia solar. Através de parceria público privada, a ideia é estimular sua construção no país, com transferência de tecnologia suíça.