Logo mais, nesta sexta-feira (11/07) à noite, antes do espetáculo no HSBC Arena, Fernando Bicudo vai prestar uma homenagem-surpresa ao tenor Placido Domingo, com a entrega de um troféu criado pelo artista plástico Araken Hipólito da Costa – uma cabeça onde se entrelaçam fios nas cores da bandeira brasileira – pela excelência artística e humanitária do artista espanhol.
Fernando há muito é amigo de Placido: foi ele que, em 1987, quando era diretor do Teatro Municipal, quem trouxe o cantor lírico pela primeira vez ao Rio. Foi, também, o primeiro evento realizado no país para as vítimas da Aids. “Fizemos o leilão de camarotes e frisas – Roberto Marinho foi o primeiro a arrematar um camarote – e arrecadamos um bom dinheiro para a causa, que recebeu o apoio total do Placido”, relembra.
Dois anos depois, já não mais diretor do Municipal, Bicudo fundou a Cia. Ópera Brasil, e Placido Domingo novamente veio ao Brasil, cantar a ópera “Carmen”.
A noite desta sexta ainda destaca mais a personalidade do espanhol, em razão das circunstâncias em que acontece o Concerto Placido Domingo in Rio: o cantor, que teria o patrocínio do governo do Catar, ficou a ver navios e está tendo que produzir, sozinho, o espetáculo. Por causa disso, a OSB não cobrará cachê, mas vão sair do bolso do artista as passagens e hospedagem do pianista Lang Lang, da soprano Ana Maria Martinez e do maestro Eugene Kohn. Por baixo, um prejuízo de US$ 100 mil, que o tenor está tendo sem reclamar: desde 1990 ele canta em todas as finais de Copa do Mundo e não quis abrir mão de fazê-lo por aqui. Placido gosta tanto de futebol que, neste sábado (12/07) irá assistir a Brasil x Holanda em Brasília e, domingo (13/07), vai estar no Maracanã para a final. (Por Marcia Bahia)