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Os alemães ganharam a Copa e o título de reis da simpatia, mas nem tudo que foi dito sobre eles na internet é verdade. Os comentários sobre o legado deixado na Vila de Santo André, no Sul da Bahia, lugar escolhido para a concentração da seleção germânica, por exemplo, estão cheios de exageros. Os alemães NÃO construíram um posto de saúde, também NÃO fizeram uma estrada e muito menos vão deixar para o povoado o Centro de Treinamento Campo Bahia. Trata-se de um resort erguido com o dinheiro alemão, sim, mas é um negócio privado, que, com a partida dos jogadores, já está operando como um condomínio de 14 casas, com até cinco quartos e jacuzzi na varanda, e serviço de hotel com mordomo, cozinheiro e arrumadeira. Pode-se até considerar um presente para o turismo da cidade: com certeza vai ajudar a tornar a Vila mais visitada e, indiretamente, gerar lucro para os moradores.
O que a Seleção de Podolski e Joachim Löw deixou, realmente, de presente para Santo André foram 10 mil euros para os índios pataxós e mais sete bicicletas para a escola municipal, que devem ser leiloadas ou rifadas. Eles também assumiram o compromisso de colaborar, mensalmente, com essa mesma escola e mais duas ONGs, dando R$ 5 mil reais mensais para as três durante quatro anos – isto é, até a próxima Copa. Eles repetem, portanto, no Brasil, a generosa e elogiável parceria que fizeram com uma escola na África do Sul, gesto que vão renovar na próxima Copa do Mundo na Rússia, sejam os próximos campeões ou não. (Por Marcia Bahia)