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Gleen Greenwald, o jornalista americano que divulgou para o mundo as acusações de espionagem global dos EUA feitas pelo técnico de segurança digital Edward Snowden, lança, neste sábado (07/06), às 17h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, pela editora Sextante, o livro Sem lugar para se esconder – Edward Snowden, a NSA e a espionagem do governo americano. Nele, faz novas revelações de documentos e de ações dos EUA que põem em risco a privacidade dos cidadãos do mundo inteiro.
Desde que as primeiras declarações de Snowden foram publicadas no The Guardian os dois se falam sempre e, nos últimos tempos, diariamente pela internet. “Na Rússia, Snowden é livre para falar e participar de debates”, conta Gleen, “mas também sente falta da cultura, da família e do seu país”. O ex-funcionário da NSA (a agência de segurança americana) diz Gleen, gostaria de voltar aos EUA, mas tem a exata percepção de que isso é muito difícil. “Ele sabe que, se não fosse o asilo político na Rússia, a perspectiva era de passar o resto da vida preso, por isso, não tem ilusões “.
Há a possibilidade de a Rússia renovar por mais um ano o asilo a Snowden. Segundo o próprio, ele teria, sim, pedido asilo ao Brasil. “Não sei porque o governo brasileiro nega ter recebido esse pedido”, conta Gleen, que diz que Snowden busca, para morar, um país que respeite os direitos humanos e tenha democracia. O americano morador do Rio fala que Snowden já conhece bem o estilo de vida do Brasil, através das informações que ele passa. Em relação aos desmentidos que os EUA fizeram a respeito das últimas declarações de Snowden, que afirmou ter se rebelado ao fazer espionagem para o governo americano, Glenn é taxativo: “Eles vão mentir sempre”.
Sobre a vida particular de Snowden, Gleen não fala nada, nem se ele deixou namorada nos EUA. O jornalista e advogado só conta que, na Rússia, a vida de Snowden é praticamente toda pela internet: “Ele vive conectado, lendo muito e fazendo os seus trabalhos”.