No trânsito caótico do Rio, enquanto muitos só fazem reclamar e outros mais sofrer, tem gente que está buscando opções que resultem em menos carros nas ruas. A carona solidária é uma delas, embora ainda pouco usada – carioca, em sua maioria, só procura carona quando há greve no transporte coletivo, na dificuldade de encontrar um táxi rapidamente ou por problema mecânico no carro.
Antes que surja quem queira tirar proveito, é bom que se saiba que a prática não pode ser cobrada. A condução remunerada é restrita a quem tem permissão para transportar passageiros, conforme o artigo 135 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A infração é média, punida com multa de R$ 85,13 e 4 pontos na CNH, e o veículo pode ser retido.
Existem sites que fazem com segurança o contato entre os interessados na carona. Se não houvesse um site seguro, o publicitário Paulo Wolf, que há cerca de dois anos dá carona para duas pessoas que moram perto de sua casa, não seria adepto da prática. “É uma maneira de me tornar útil para pessoas que moram perto e fazem exatamente o mesmo trajeto que eu. Além disso, num trânsito parado é menos estressante ir de um local a outro batendo papo”, comenta. Será que a moda pega?