Ainda faltam alguns meses – é só no segundo semestre -, mas já está a maior expectativa para a inauguração da Fundation LVMH no parque Bois de Boulougne, em Paris. Bernard Arnault, PDG do grupo e grande colecionador de arte, espera, com este projeto ambicioso, valorizar ainda mais a cultura francesa.
A fundação vai receber o acervo de obras de arte do grupo LVMH e também promoverá exposições temporárias de nomes da arte contemporânea. Em um edifício chamado ”Le Nuage”, dentro do parque, o grande arquiteto francês Franck Gehry revolucionou o uso do vidro para dar vida e a visão de um espaço leve, iluminado e em movimento, integrando a construção e o Bois de Boulougne de forma harmoniosa. Para isso, ele utilizou 3.600 placas de vidro. Com certeza, será considerada uma das grandes obras da arquitetura mundial.
Apesar de seu pouco tempo como diretor criativo da Dior, Raf Simons é tema do documentário “Dior et Moi“, que mostrará sua trajetória de dois anos na maison. O cineasta Frédéric Tcheng, que já realizou outros filmes do gênero (Diane Vreeland: The Eye has to Travel e Valentino, Le Dernier Empereur) é quem assina o documentário. Ele seguiu o estilista no atelier e nos bastidores dos desfiles para registrar o trabalho minucioso e talentoso de Simons. Também fez questão de filmar as chefes de costura, costureiras e as assistentes, deixando claro que, sem elas, os croquis ficariam sem vida. O filme será apresentado no Festival du Film de TriBeca, em Manhatan, no dia 17/04/2014.
O essencial de um guarda-roupa bacana masculino é o que porpõe o novo guia de moda masculina parisiense “Le Guide de l’Homme Stylé… même mal rasé” – o guia do homem com estilo, mesmo com a barba por fazer. Como criar um estilo único e não se parecer com uma quinzena de manequins da Uniqlo? Como evitar compras compulsivas que você acaba não usando? Como escolher o material, a cor e o estilo que caem melhor?
Enfim, é um guia que se preocupa em mostrar formas não muito complicadas de se vestir elegantemente, com personalidade, e, ao mesmo tempo, simples. Também traz os endereços bacanas para comprar roupa masculina em Paris. Caro leitor, esse tipo de informação agrada – e muito – às mulheres, mostrando interesse de sua parte em estar bem pra elas.
Butique de chocolate Alain Ducasse em Paris – existe coisa mais tentadora? Pois você, que adora chocolate de alto nível e está vindo à cidade, pode anotar este endereço, que é um verdadeiro delírio degustativo. O chef pâtissier responsável, Nicolas Berger, é bastante detalhista e preocupado com a qualidade; usando máquinas antigas, separa os grãos à mão, dispensando o maquinário industrial. Suas receitas sempre levam o Criollo Porcelana, considerado a elite dos chocolates, e mais 1.001 sabores deste precioso produto. Não bastassem as delicias criadas por ele e sua equipe, a vitrine é uma emoção à parte. Tudo impecável e feito pra seduzir o cliente. A Alain Ducasse – Manufacture à Paris fica na Rue de la Roquette, 40.
É um sucesso de público a exposição do estilista belga Dries Van Noten, que ganhou notoriedade nos anos 80 fazendo parte do grupo vanguardista de moda Six d’Anvers. Com ambientação, densa, rock e barroca, o estilista mostra vários modelos de suas coleções masculinas e femininas, misturando elementos que lhe inspiraram, como obras de arte, looks de época, músicas e filmes. Esta primeira retrospectiva mostra o quanto o universo do estilista é rico, intenso e eclético. Suas combinações de cores, os patchworks de estampas e a fineza dos bordados são representados por figurinos emblemáticos. Em cartaz até 31/08 no Musée des Arts Décoratifs de Paris.
E falando em Dries Van Noten, a marca está chegando em breve ao Brasil pelas mãos das empresárias Carolina Overmeer e Gilda Midani, que levarão também as coleções Rick Owens e Ann Demeulemeester. Bacanérrimo!
Curiosidade parisiense: criado com interesse pedagógico em 1951 pelo Sindicato dos Fabricantes no bairro 16, o Musée de la Contrefaçon é um endereço superinteressante, que nos transporta ao incrível mundo das falsificações, com mais de 350 objetos de imitação às vezes grosseiras, que não poupam nenhum setor. São produtos que vão dos cigarros, perfumes e eletrodomésticos, passando, claro, pela moda. O museu propõe uma espécie de Jogo dos 7 Erros, que deveria ser atentamente observado por todos. Ali estão as diferenças que denunciam as cópias do mercado dito “informal”, tão prejudicial às grandes marcas, que empregam milhares de pessoas e gastam fortunas em marketing e controle de qualidade.