Eles surgiram como uma alternativa mais em conta aos hotéis; menores, geralmente instalados em casas e sobrados, os hostels acabaram virando mania. Alguns entraram na categoria de “hospedagem design”; outros primam pela gastronomia caprichada; e tem aqueles que vêm conquistando um público bem diversificado, incluindo moradores da própria cidade, atraídos por uma agenda alternativa, focada na arte.
Nesse grupo, chama a atenção um sobradinho cinza, de janelas cor-de-rosa em Botafogo. No pequeno pátio de entrada, um contêiner adaptado faz as vezes de cozinha e bar. É o ponto de partida para eventos bacanas, como festas ilustradas por projeções e exposições de novos talentos. Tudo sempre até as 22h, em respeito à lei do silêncio. Neste sábado (15/02), tem mais no Contemporâneo (Rua Bambina, 158): o hostel recebe a mostra “Efêmero”, que teve sua primeira exibição na Colômbia e chega ao Rio apresentando os trabalhos de cinco jovens artistas plásticos cariocas.
Até 30 de março, o público terá a chance de conhecer desenhos, fotografias, xilogravuras e colagens que propõem um olhar lento e detalhado daquilo que nos é passageiro. Em sua passagem por Barranquilla, a mostra ocupou espaços públicos e desdobrou-se em intervenções urbanas. O diretor Cacá Diegues também faz parte da exposição, com o filme “Chuvas de Verão” (1978), que vai ser projetado na fachada do hostel durante a festa de lançamento, a partir das 18h. Depois, poderá ser visto num espaço de vídeo-projeção sob as escadas do Contemporâneo.