Uma pesquisa complexa, feita nos Estados Unidos – e poderia ter sido em qualquer lugar, com resultados semelhantes -, traz conclusões alarmantes sobre o preconceito praticado contra gays, lésbicas e bissexuais: o estudo indicou que a expectativa de vida dessas pessoas é menor quando elas moram em locais onde enfrentam maior intolerância à sua orientação sexual. Em outras palavras, o preconceito poderia levar à morte prematura desses grupos.
“Reduzir o preconceito poderia aumentar a expectativa de vida das minorias sexuais”, disse um dos pesquisadores, Mark Hatzenbuehler, da Universidade de Columbia (Nova York), à agência Reuters. Ele reconhece que não é fácil medir a “extensão do estigma”, mas os dados revelaram-se consistentes à medida em que a equipe cruzava informações próprias com os resultados obtidos pelo Censo norte-americano nas quatro últimas décadas.
Mais de 21.000 pessoas foram entrevistadas. Os fatores que, segundo os pesquisadores, mais contribuíram para a morte prematura de gays, lésbicas e bissexuais foram suicídios, homicídios, outros tipos de violência e distúrbios cardíacos – neste caso, gerados pelo estresse excessivo sofrido quando alguém se sente discriminado. Como primeiro resultado do estudo, os pesquisadores sugerem que as autoridades poderiam ser mais eficientes na criação de leis contra o bullying.