Em meio a tanto estresse provocado pelo caos no trânsito carioca, a história vivida por uma amiga deste ‘saite’ revela um sinal de esperança. Na noite dessa terça-feira (18/02), ansiosa para chegar a uma aula, ela saiu tão apressada do táxi que esqueceu a bolsa no carro, com praticamente a vida toda dentro (até a certidão original de nascimento!). Ao perceber o descuido, ela voltou ao local aonde havia descido e esperou, esperou e esperou, torcendo para que o motorista retornasse. Como nada aconteceu, foi à delegacia mais próxima, na Barra, para informar a perda dos documentos e afins, e, depois, tratou de dar os devidos telefonemas para cancelar seus cartões.
A boa surpresa veio tarde da noite, quando ela já estava quase dormindo. O interfone de casa tocou; era o porteiro dizendo que um taxista estava lá, bolsa de mulher na mão, perguntando por ela. “Eu fiquei espantada, porque ele não tinha meu telefone e nem meu endereço”, conta. E aí vem a parte mais bacana. Ao perceber o esquecimento da passageira, o taxista percorreu as redondezas, perguntando se alguém a conhecia; o único telefone de contato que achou na bolsa era de uma médica – e ele ligou, sem sucesso. Depois de horas de procura, parou na Associação Bosque de Marapendi, que tinha sido avisada por nossa amiga sobre o ocorrido. Em poucos minutos, ele estava batendo à sua porta.
“Ele me ‘caçou’ na Barra toda até me achar; me entregou a bolsa e ainda pediu para eu conferir se estava tudo dentro. E imaginar que, no táxi, eu ainda comentei com ele sobre o jeito meio hostil do carioca”, lembra ela, finalizando: “Foi uma grande lição pra mim”. Ele respondeu: “Nem todo carioca é ruim como você pensa”. O herói dessa história tem nome: Luiz Cláudio.