A bela Zezé Polessa, na peça em cartaz “Quem tem medo de Virginia Woolf” – na qual interpreta Marta, mulher de Jorge, personagem vivido por seu ex-marido, Daniel Dantas -, buscou inspiração em si mesma para dar vida à personagem; ao contrário dela, Marta é amarga e explosiva. Zezé formou-se em Medicina, profissão que, logo depois, trocou pela de atriz, seguindo a toda em dezenas de trabalhos na TV, no cinema e no teatro, onde está acostumada a ser aplaudida de pé!
“Quem tem medo de Virginia Woolf”, numa interpretação elogiadíssima, fica em cartaz até dia 30 de março, no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea. Na entrevista “Invertida” desta semana, a atriz conta um pouquinho de tudo, até para manter o corpão – Yoga, sempre!
UMA LOUCURA: “Poder ler todos os livros do mundo.”
UMA ROUBADA: “Fazer vários trabalhos ao mesmo tempo. É o máximo da esquizofrenia dos atores.”
UMA IDEIA FIXA: “O meu filho João. Desde que ele nasceu, acho que penso nele 24 horas do meu dia. É uma ideia fixa na cabeça e no coração. É amor!”
UM PORRE: “De caipirinha de limão. Nunca mais consegui sentir o cheiro. Mas de outras frutas, continuo gostando.”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Não falar bem outra língua. Mas ainda posso continuar estudando.”
UM APAGÃO: “Dar um ‘branco’ em cena. Quando eu fazia “Os Monólogos da Vagina”, tive um. Passei algum tempo com medo de que isso acontecesse novamente. E hoje, fazendo “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, onde o meu texto é grande, me sinto segura. É preciso concentração e relaxamento. O treino ajuda. A minha concentração é trabalhada em leituras e o relaxamento na yoga.”
UMA SÍNDROME: “De comportamento. Algumas, que vou procurando entender e tratar com análise.”
UM MEDO: “Medo de ficar sem dinheiro. O básico, aquele que garante a independência.”
UM DEFEITO: “Acho que sou ingênua. Acabo sempre vendo só o lado bom das coisas. É escolha e também preguiça. Às vezes, levo cada susto!”
UM DESPRAZER: “Desprazer é estar em lugares excessivamente frios: cinemas, teatros, restaurantes, aviões. E não suporto Nova York no inverno.”
UM INSUCESSO: “Insucesso foi uma viagem que fiz para a Turquia para me preparar para a novela “Salve Jorge”. Fiquei 5 dias sem as minhas malas, e isso me deixou péssima. Acabou com a viagem.”
UM IMPULSO: “Não sou impulsiva. Penso muito pra falar, agir, fazer. O que nem sempre é bom!”
UMA PARANOIA: “De chegar ao teatro e não ter ninguém para assistir à peça. Não sei se é porque tenho produzido ultimamente e isso seria fatal pra carreira da peça.”