O Brasil fechou a quarta semana de janeiro com queda nas exportações (7,5% a menos do que no mesmo período do ano passado), e pelo menos a turma que vive da moda tem uma explicação para isso: exportar não é, exatamente, o que mais importa nesses dias. O custo de produção no País está deixando nossas mercadorias cada vez mais caras no exterior.
Um exemplo desse cenário foi o recente evento Brésil Rive Gauche, organizado em Paris pelo Bon Marché. Apesar da altíssima qualidade de marcas como Osklen, Cris Barros e Lenny, o preço assustou as francesas e, com as araras cheias, o jeito foi organizar a “La Braderie”, uma grande queima de estoque, considerada a “liquidação da liquidação”. Assim, evitou-se uma perda maior.
Para quem quer exportar, o Governo oferece incentivos fiscais, cobrando uma taxa única. O problema é que até chegar na Europa ou em qualquer outro lugar lá fora, cada peça de roupa passa por várias etapas de produção no Brasil, com impostos locais e encargos que encarecem demais o produto final. “Tá difícil competir”, lamenta um empresário.