Um dos artistas mais queridos dos brasileiros, Milton Nascimento, além do dom e da certa magia, tem a capacidade de inovar. Sempre. Nesse fim de semana, o cantor e compositor pôs mais um projeto em prática, o Clube do Milton – o nome já sugere; é uma releitura do antológico Clube da Esquina, movimento nascido em Minas Gerais há meio século.
O início da temporada veio com outra estreia: foi a primeira vez que Milton apresentou-se na Fundição Progresso, na Lapa. Depois de uma sequência de shows por 150 cidades do Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa, ele inaugurou a nova fase reunindo, no palco, amigos de todos os tempos: Lô Borges, Wagner Tiso e Criolo, acompanhados da Banda 5, com músicos que tocam com Milton há mais de 20 anos (Wilson Lopes, Lincoln Cheib, Kiko Continentino, Widor Santiago e Gastão Villeroy).
“Meu principal objetivo com esse projeto é reunir meus amigos da nova geração com companheiros que já me acompanham na estrada há tempos”, diz Milton. A parceria com Criolo, um dos maiores destaques da cena musical recente, é inédita. Com certeza, depois do show, ele ganhou um bom espaço no lado esquerdo do peito de Milton.