Na praia ou no Sambódromo, o topless tem dado o que falar entre os cariocas. Para aqueles que veem o assunto como uma certa demonstração de provincianismo, não se enganem. Em Nova York, a administração do Empire State acaba de entrar com um processo judicial contra um fotógrafo que clicou uma modelo com os seios à mostra no terraço do prédio. E exige uma indenização de US$ 1 milhão.
A polêmica refere-se a uma sessão de fotos que Allen Henson fez em agosto passado. Na ocasião, o registro da modelo de topless no observatório do 86º andar do Empire State rapidamente transformou-se em viral na internet. Henson alega que estava fazendo uma “experiência social”, mas os administradores do edifício não entendem assim. Na ação impetrada nessa segunda-feira (13/01), eles dizem que havia muitos visitantes no local, inclusive crianças, e o fotógrafo apenas queria promover-se comercialmente.
Dois meses antes da foto, entrou em vigor em Nova York uma norma, a qual impede a Polícia de prender mulheres que exponham os seios em público. Henson, então, começou a fazer fotos com modelos nessa situação, com o objetivo de testar a repercussão da medida aprovada pelas autoridades municipais. Além do Empire State, ele fotografou topless no Central Park e no Hotel Peninsula, sem que houvesse qualquer reação contrária.
Tal como em Nova York e nas redes sociais – vide o caso da modelo brasileira Talytha Pugliesi, que teve uma foto censurada no Instagram -, aqui no Rio o topless costuma ser associado a polêmicas. Depois do minguado “toplessaço” na Praia de Ipanema, a Mocidade Independente de Padre Miguel retomou o debate ao anunciar que vai colocar na Marquês de Sapucaí, este ano, um abre-alas formado por 20 mulheres com seios desnudos, com um detalhe: todas naturais, sem uma gota de silicone. São os dois lados da moeda – a resistência enfrentada nas praias, onde o calor chega facilmente aos 40 graus, e o suposto “tudo-pode” no Carnaval. Alguma sugestão de como essa história vai terminar?