Ela tinha 16 anos quando foi fotografada por Evandro Teixeira para as páginas do Caderno B. A sessão aconteceu na antiga Redação do Jornal do Brasil, na Avenida Rio Branco, e foi suficiente para fazer a adolescente decidir que queria ser jornalista, na década de 70. “Foi pelas lentes de Evandro que conheci o mundo dos repórteres e passei a sonhar com a profissão”, lembra Belisa Ribeiro, que vai contar essa e muitas outras histórias sobre o JB em um livro que começa a escrever nos próximos dias, pela Editora Record.
Parte da pesquisa terá como referência o site JBMemoria, que será lançado nesta segunda-feira (27/01), com coquetel no La Fiorentina. Belisa acompanhou as várias fases do JB, especialmente as mais amargas; testemunhou a mudança para o “gigante” da Av. Brasil 500 (atual sede do Into, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), a luta do jornal contra a falência e o retorno à mesma avenida no Centro da cidade, onde, por fim, a centenária edição impressa foi extinta, sendo substituída pela versão online.
A ideia é relatar não apenas a história do jornal, mas as memórias dos jornalistas que fizeram o JB, os chamados “jotabenianos”. “Afinal, por melhores que sejam nossos textos e fotos, as dores (e as alegrias) da gente não saem no jornal”, explica Belisa, que também fez carreira nas TVs Globo e Bandeirantes, mas segue, até hoje, como a “musa do JB”.