Está causando a maior polêmica em Paris a exposição “Masculin/Masculin”, no Musée d’Orsay. Homens nus “à go-go”, desde 1800 aos nossos dias, quadros como Baigneurs, de Paul Cézanne, fotos da dupla de artistas Pierre et Gilles e várias esculturas – todas dedicadas ao nu masculino fazem parte da mostra, composta por 200 obras. Os curadores tiveram o cuidado de expor o menor número possível de trabalhos que mostram o homem, digamos, “pronto”.
O presidente do museu, M. Guy Cogeval, disse que esta é uma forma de valorizar o corpo do homem – o que acontece com muito mais frequência com o corpo feminino. Um público na maioria feminino e gay tem lotado os corredores seletos do museu. É a segunda exposição que trata deste tema; a primeira foi no Museu Leopold, de Viena (Áustria), em 2012. Fica até 02/01/2014.
E nessa onda erótica… Os parisienses têm ido muito ver uma outra exposição, “Little Beast”, da fotógrafa alemã Ellen Von Unwerth, na galeria Acte 2. A mostra reúne uma série de fotos atrevidas, chiques e sensuais. Mulheres em cores e em preto & branco vestidas em trajes íntimos, em poses audaciosas – tudo dentro do clima lúdico de um boudoir. Ellen colabora há vários anos com as revistas Vogue Paris, Vanity Fair e Madame Figaro e é considerada uma das melhores fotógrafas de moda da atualidade. Imperdivel, a expo vai até 09/11.
A nova boutique da maison Harold Scherman em Paris é elegância pura, com decoração sóbria e iluminação relaxante, que valoriza ainda mais as peças. Suas bolsas feitas à mão têm certificado; é o que há de mais exclusivo no mercado de acessórios finos. A cliente tem a certeza de estar usando uma peça feita pra ela – é só marcar hora e encomendar a sua.
Foi na Gare Saint-Lazare, no centro de Paris, que o chef Éric Fréchon (3 estrelas Michelin pelo restaurante do Hotel Bristol) escolheu para abrir sua brasserie “Lazare”, com decoração contemporânea, ambiente festivo e um menu estrelado, com vários tipos de carnes e também pratos leves de peixes e legumes. Funciona para almoco e jantar, e a carta de vinhos não poderia ser melhor. Já é o endereço preferido dos executivos que têm seus escritorios no Boulevard Haussmann. Restaurante de dar água na boca…!
Criador de bijuterias inusitadas, Erik Halley trabalha para a Alta Costura francesa desde 1994. Seus acessórios já desfilaram em coleções de Chanel, Givenchy, Yohji Yamamoto e Thierry Mugler. Dono de um talento raro, Erik produz peças exclusivas e extravagantes; na sua agenda, tem clientes como Beyoncé, David Bowie, Beth Ditto e Madonna. O reconhecimento de seu talento veio com o convite para fazer a exposição “Dans la Ligne de Mire”, em cartaz até 02/03/2014 no Musée des Arts Décoratifs, na Rue de Rivoli.
Dois jornalistas franceses, Bruno Mouron e Pascal Rostain, que trabalham na prestigiosa equipe da revista Paris Match, decidiram fazer algo diferente para analisar a personalidade de gente do cinema e artistas consagrados, verificando as latas de lixo de casa um. O resultado é o livro “Autopsie”, que traz fotos dos produtos mais encontrados nesta pesquisa um tanto quanto curiosa. A dupla começou fotografando o lixo de grandes cidades; em seguida, as latas de Jack Nicholson, Madonna, Kate Moss e de artistas plásticos como Pierre Soulages, Louise Bourgeois, Jeff Koons, Daniel Buren, Julian Schnabell e muitos outros. Nem o todo-poderoso do grupo LVMH (Louis Vuitton), M. Bernard Arnaud, foi poupado; sua lixeira foi devidamente fotograda.
Os registros são super interessantes e, com certeza, reveladores. Por exemplo: Mick Jagger jogou fora muita garrafa d’água e refrigerante, além de revistas; quase todo o lixo de Brigitte Bardot é formado por embalagens de comida para gatos. Outro detalhe que Mouron e Rostain contam: caixas de medicamentos são uma constante nos restos dispensados por gente famosa. E a classe média desperdiça mais comida do que as classes A e C – e isso em todos os países onde eles fotografaram. Havia até embalagens intactas de alimentos…
O fotógrafo Ivan Terestchenko registrou o interior da casa de vários estilistas que fazem a moda francesa, como Kenzo, Alaïa, Chanel, Courrèges, Dior e Lacroix, entre outros. O resultado é um livro bacanérrimo: “Interieur Couture”. Vendo as imagens, temos a nítida impressão de que os estilistas que sabem vestir as mulheres tão bem vestem suas residências na mesma proporção. Saiu pela editora Albin Michel.