Imagine pagar mais de R$ 2 mil num smartphone de última geração e, menos de três meses depois, acordar no meio da madrugada com o aparelho pegando fogo? Foi o que aconteceu há poucos dias com a modelo e atriz Marcela Peringer; agora, refeita do susto, ela espera que o fabricante termine a perícia para esclarecer o que aconteceu e alertar outros consumidores. A ordem de serviço na assistência técnica, na Barra da Tijuca, identifica que o conector e o cabo USB ficaram “carbonizados”.
Marcela fez como todo mundo: deixou o aparelho, um Samsung Galaxy S4, carregando e foi dormir. Despertou com um forte cheiro de queimado e viu quando o smartphone começava a pegar fogo. “Dei sorte de acordar no início”, disse. Ela teve mesmo sorte; em julho, em Hong Kong, um incidente parecido, com aparelho de modelo idêntico, causou um incêndio que destruiu por completo o apartamento do dono. A causa permanece sob análise – assim como a explosão de um S3, na mesma época, que provocou queimaduras na perna de uma adolescente suíça.
Incidentes desse tipo são raros, mas, infelizmente, acontecem. Já foram relatados casos de pessoas eletrocutadas quando usavam um iPhone. A Apple, seu fabricante, alegou que foi resultado do uso de acessórios que não eram da marca. Mas, e quando o consumidor, como Marcela, só usa peças originais? Cláudio Mendes, técnico em eletrônica, dá três dicas: se possível, evite deixar o aparelho sozinho enquanto ele carrega; procure, também, não falar no celular com o aparelho ligado na corrente elétrica; e tente não levá-lo no bolso – em caso de acidente, o mal será menor.