Depois de uma briga de mais de um ano na Justiça, entre um grupo de moradores da Gávea e a construtora Engesiler, a 22ª Câmara Cível do Rio acaba de determinar o embargo da polêmica obra na esquina das ruas Marquês de São Vicente e Vice-Governador Rubens Berardo. A sentença cita uma série de irregularidades, incluindo a forma como a empresa obteve autorização para o alinhamento irregular da fachada, sobre a calçada.
Ao longo do processo, os moradores denunciaram a remoção de 10 árvores do terreno, como um ipê amarelo centenário, e a proibição do direito de ir e vir dos pedestres, já que caminhões, caçambas de lixo, lama e sujeira impediam a passagem. Além disso, as escavações provocaram rachaduras num prédio vizinho. Depois da sentença, ninguém conseguiu falar com o engenheiro responsável ou com o dono da Engesiler. Foram embora, deixando um presente de grego: o esqueleto de seis andares onde antes existia uma praça.