O projeto Música no Museu rompeu fronteiras e, desde 2005, já percorreu mais de 20 cidades fora do Brasil – Paris, Nova York, Rabat, Sydney, Nova Delhi, Santiago, só para citar uma de cada continente. Repete o modelo bem-sucedido, adotado por alguns dos maiores museus do mundo (Louvre, Prado, Metropolitan, etc), que dedicam amplos espaços a concertos. E, a julgar pelo que aconteceu no último fim de semana em Portugal, é difícil pensar que essa fórmula, algum dia, vai ficar gasta. Salões absolutamente lotados e aplausos de pé – foram assim as duas apresentações do pianista João Carlos Assis Brasil.
Em Coimbra, os portões da Biblioteca Joanina tiveram que ser fechados. Muitos alunos acabaram “barrados”, porque simplesmente não cabia mais ninguém. Lá dentro, João Carlos apresentava clássicos de Villa-Lobos e Tom Jobim; empolgou tanto que precisou dar bis três vezes. O mesmo aconteceu em Lisboa, no Palácio Foz, que inaugurou um novo horário aos domingos, 4 da tarde. Sucesso total no Salão dos Espelhos e, como consequência, convite dos portugueses para fazer mais quatro apresentações.