A prática é comum nos Estados Unidos; aqui no Brasil, onde, certamente, se faz bem mais necessária, ainda vem sendo pouco utilizada – talvez por vergonha ou falta de conhecimento, mesmo. O chamado “crowdfunding”, ou “financiamento coletivo”, foi a ferramenta que o escultor e músico Edgar Duvivier encontrou para seu novo projeto: uma grande exposição no Parque das Ruínas, em Santa Teresa, e a gravação de um curta-metragem no local, com Maria Clara Gueiros, Gregorio Duvivier e Orã Figueiredo.
No caso do Edgar, a arrecadação funciona assim: através de um site especializado, as pessoas interessadas podem comprar trabalhos dele a preços promocionais; tem desde R$ 30 até R$ 50 mil. Dá pra todo mundo, não é? E a ideia é essa; de pouco em pouco – às vezes, um pouco mais – se chega lá.
Esculturas, desenhos, pinturas e música fazem parte da exposição, que Edgard inaugura em 12 de novembro. Empolgado com o projeto, ele deixou um grafite no Leblon, nesse fim de semana – reprodução de uma de suas conhecidas serigrafias, evocando a latinha de sopa de Andy Wahrol. Essa amostra aí é grátis. Só para falar de um outro trabalho do artista, a estátua do Zagallo é de autoria dele.