O planejamento da segurança para a visita do Papa Francisco ao Rio começou a ser feito há um ano, recebeu ajustes nas últimas semanas e, agora, é considerado “pronto” pelo secretário José Mariano Beltrame. Mas, não há como negar que os protestos de quarta-feira (17/07) no Leblon acenderam uma luz de alerta.
Depois da reunião de emergência na manhã desta quinta-feira (18/07) no Palácio Guanabara, Beltrame disse que é preciso ficar “atento” a manifestações, ao que “pode ou não acontecer”.
Contando até com policiais treinados por agentes estrangeiros, o esquema de segurança para o papa foi programado, claro, bem antes do início das manifestações que tomaram as ruas de todo o País – um fator surpresa que ninguém, mesmo com bola de cristal, poderia imaginar. O plano, coordenado pelo Governo Federal e checado item por item com o Vaticano, considerou a violência e os riscos comuns do dia-a-dia.
Quando chegar aqui, na próxima segunda-feira (22/07), o papa será cercado da operação policial mais complexa já realizada no Rio: serão 20 mil homens – 7 mil policiais e 14 mil agentes federais (entre soldados do Exército e contingente do Ministério da Justiça). Nem a implantação das UPPs nas comunidades cariocas exigiu tanta estratégia. Afinal, Francisco fará grandes deslocamentos pela cidade e quer ficar bem perto do povo – inclusive, dispensou os vidros blindados do papa-móvel.