![casadeana](https://lulacerda.ig.com.br/wp-content/uploads/2013/07/casadeana.jpg)
No meio da avalanche de boatos e outras mensagens que são uma tremenda perda de tempo, chama a atenção quando alguém usa as redes sociais para uma causa realmente construtiva. A ideia começa de forma discreta e, ninguém sabe explicar como, uma torna-se mania nacional (mundial, até) e outra, por melhores que sejam as intenções, custa a decolar.
Dias atrás, falamos do “fenômeno Lentil”, um cãozinho nos Estados Unidos que já tinha quase 100 mil curtidas no Facebook – aliás, todas as curtidas muito justas; o cachorro, que nasceu doentinho, virou embaixador de uma campanha em favor de crianças com deformidades faciais e até faz visitas em hospitais.
Em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, uma associação sem fins lucrativos se propõe a ajudar famílias que vivem em áreas de risco, dominadas pelo tráfico de drogas. A mensagem em sua página na rede social é bonita – “É mais fácil construir crianças fortes do que consertar homens quebrados” – e o trabalho, idem: psicólogos, dentistas e professores são voluntários que tentam mudar a perspectiva de moradores que enfrentam o drama da dependência química.
Curiosamente, a associação, chamada Casa de Ana, recebeu apenas 9 curtidas até agora. Talvez por um golpe de sorte, pessoas com capacidade de mobilização fora do universo virtual descobriram a proposta.
A nova campanha da Casa de Ana, pela doação de macarrão instantâneo e agasalhos, sensibilizou a rede de lojas Zipper-Zipper. As seis unidades da butique passaram a funcionar como uma central de recolhimento de roupas para as famílias de São Gonçalo (recebe doações até 10 de agosto). Quem sabe, não é um primeiro passo para que esse trabalho solidário se torne um “viral”?