A luz pode vir de várias fontes e formas.
Prefiro sempre aquilo que é menos óbvio. Moramos num país onde a luz é abundante e intensa. Saber usar a luz, filtrá-la quando necessário, traz um efeito único e original num projeto.
Quando a luz incide na água, o efeito é lindo: ela é filtrada, e a intensidade de calor que o sol tropical provoca diminui. Ou seja: passar a luz do sol pela água é uma situação ideal para o nosso clima. Quando tenho alguma cobertura onde posso colocar piscina ou espelho d’água, sempre faço rasgos no teto para deixar essa fluida luz filtrada entrar pela casa.
Mostro um projeto onde fiz, no teto embaixo da piscina, os rasgos que deixam passar a luz, e outro rasgo no corredor, iluminando os quadros na parede.
Para isso, um cálculo estrutural preciso e impecável tem que ser feito. O arquiteto, o calculista e o engenheiro civil, juntos, chegam à conclusão do tamanho para que isso possa ser feito com total segurança. O arquiteto nessa hora é fundamental para harmonizar ao projeto esse calculo técnico com o partido da arquitetônica.
Outro rasgo que considero interessante é no teto, quando se coloca vidro temperado deixando o céu totalmente à mostra. Mais uma vez, a posição do sol é fundamental para que, embaixo desse vidro, não vire uma verdadeira estufa.
Outro cuidado importante é “o que” colocar sob o rasgo de luz – filtrada ou não, luz requer manutenção maior. Materiais com cores sempre desbotam: não aconselho. Mostro outro projeto que fiz em Angra, onde uma claraboia reflete o sol, trazendo a luz natural para a sala