Não vai sair barato para a presidente Dilma Rousseff arrumar a casa, que já estava bem bagunçada e virou de cabeça pra baixo, com os resultados desastrosos da última pesquisa Datafolha. A conta pode começar já em R$ 500 milhões de reais – valor estimado por técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de uma consulta popular sobre a reforma política.
Para chegar às cifras, divulgadas neste sábado (29/06), o TSE considerou o tempo escasso para planejar a consulta popular, caso aconteça ainda este ano, e o fato de o eleitorado ter aumentado. O gasto é bem mais alto do que nas últimas eleições – municipais, em 2012 –, que custaram R$ 395 milhões aos cofres públicos.
O instituto Datafolha apurou uma queda de 27 pontos na avaliação positiva – boa ou ótima – do governo Dilma nas últimas três semanas: as manifestações de rua derrubaram a popularidade da presidente de 57% para 30%. Em termos de queda, só Fernando Collor de Mello despencou mais de uma vez só – 35 pontos -, quando confiscou a poupança dos brasileiros, em 1990.
Hoje, a voz das ruas fala mais alto do que a voz das urnas. E Dilma, que há um ano tinha aprovação de quase 80%, segundo o Ibope, agora prefere cometer uma gafe com a Fifa a arriscar o pescoço no Maracanã, na final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha. Decidiu que não vai. Pela primeira vez na história recente do País, o governo não consegue capitalizar o sucesso da Seleção.