Às vésperas da Copa das Confederações, mais um motivo para nossos atletas seguirem à risca os princípios da tolerância e não envergonharem o País. O zagueiro Danilo Larangeira foi condenado, em última instância, por “injúria racial”, três anos após ter xingado um adversário, Manoel Messias, de “macaco”.
A ofensa aconteceu durante a partida entre o Palmeiras, onde Danilo atuava na época, e o Atlético Paranaense, de Manoel, disputada em 15 de abril de 2010, pela Copa do Brasil, em São Paulo.
Além do xingamento, Danilo cuspiu no rosto de Manoel, que é negro.
No início de 2013, o zagueiro, que atualmente joga na equipe italiana da Udinese, foi condenado a um ano de prisão. Como era réu primário, a pena foi substituída pelo pagamento de 500 salários mínimos (339 mil reais), destinados a uma obra social. Os advogados de Danilo entraram com um pedido de habeas corpus e a sentença ficou em suspenso até ser confirmada, nesta quarta-feira (29/05), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De nada valeram os argumentos dos advogados de Danilo, que justificaram a atitude racista como “fruto do calor da disputa”. Dirigentes da Udinese classificaram a punição como “ridícula”.
Que sirva de exemplo para todos os jogadores e, também, para a torcida que vai lotar nossos estádios na Copa das Confederações. Fair-play e tolerância racial são titulares absolutos em qualquer disputa.