Dizem os estudiosos que temos entre 16.000 a 28.000 pensamentos por dia, mas o pior é que 90% deles são os mesmos de ontem, de antes de ontem, do mês, do ano passado etc..
Hipnotizados pelo sistema, perdidos na repetição pela desatenção e pela resistência ao esforço, desligamos de nosso verdadeiro ser.
Confundimos esforço com luta.
O primeiro é uma condição natural imposta pela própria vida. Desde o momento em que nascemos estamos sujeitos à lei do esforço para respirar, para mamar, para crescer… E ainda antes do nascimento, já estamos nos esforçando na multiplicação das células e concluindo o corpo para a experiência no planeta azul.
A segunda é cultural, imposição do poder, efeito hipnótico do sistema embasado na “crença da escassez, no pecado e na culpa.
A competição é a regra do sistema, e a culpa é o que sobra aos “perdedores” sensíveis, que não se adaptaram às exigências.
Um peso social e irreal foi colocado em cima da responsabilidade, obrigação originalmente natural ao ser humano desde a Idade da Pedra. Se não nos responsabilizássemos pela nossa sobrevivência, não teríamos chegado aos dias de hoje vencendo a natureza por vezes tão hostil ao homem.
A responsabilidade é parte do instinto de sobrevivência.
A “culpa” (que considero o grande mal da humanidade) foi criada pela necessidade do “poder” e é um conceito usado como arma de manipulação contra os mais fracos.
Incentivados a confundir responsabilidade com culpa, fugimos de um (saudável), para cair no outro (destruidor). Um é parte do instinto de autopreservação, o outro resultado de projeção e manipulação!
Paralisamos na culpa de um erro, permitindo que o medo sugue uma enorme quantidade de energia na busca de alguém para projetarmos a culpa., Ou esperando consciente ou inconscientemente a punição; enquanto na “responsabilidade” usamos a mesma energia para consertar e aprender um novo caminho através do erro cometido.
A “culpa” é uma aliança maldita com a inércia. A “responsabilidade” com a ação.