A onipotência é a origem de todas as emoções destrutivas.
Intimamente nos vemos como senhores absolutos no universo, ilusão da criança interna emocional viva, e de sua percepção da realidade. Essa onipotência é projetada no mundo exterior adulto através do julgamento.
Possuidores da verdade absoluta, julgamos o certo e o errado, o bom e o mal, o bonito e o feio baseados em uma ideia de moral cultural, mutável de acordo com os modismos, criando nessa dualidade um mundo limitado e mesquinho.
Vivendo na ignorância dual, não percebemos o terceiro elemento, o neutro (a união), sem o qual a luz não acende!
O julgamento, diferente da opinião, da escolha, ou do ponto de vista sob o qual vemos o mundo, separa, divide e conduz automaticamente à rejeição de tudo aquilo que está fora da visão dual. Rejeitando o outro, nos rejeitamos e nos sentimos rejeitados.
Incompetentes para corresponder à imagem que nos cobramos ser, separados do outro e do Todo, nos encontramos sós e carentes das qualidades pretendidas para corresponder ao modelo estereotipado de perfeição. Culpados de não ter, de não fazer e de não ser… !
A culpa da falta, ou da carência, gera o medo de ser descoberto como inferior, e consequentemente punido pela incompetência, criando ansiedades, expectativas, inseguranças e vários outros subprodutos do medo, o oposto do Amor, que aguarda pacientemente o momento de uma escolha diferente…