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O trabalho de André Piva não precisa ser apresentado a ninguém; pelo menos, não, no Rio, onde é um nome muito forte na arquitetura e decoração. Seus espaços no Casa Cor estão sempre entre os mais visitados e elogiados.
Assina casas maravilhosas, sempre com um olhar longe do óbvio: qualquer um que chega, por exemplo, ao apartamento de Lou e Boni de Oliveira, em São Conrado, percebe de cara que, atrás daquele lindo cenário, tem alguém de talento: sim, André Piva. Outros exemplos são Thor Batista, Edson Celulari, Lavinia Vlasak, entre tantos outros. “Como o vinho, a decoração também precisa ser harmonizada – não basta ser melhor, tem que combinar. Ousadias são sempre permitidas desde que com conceito”, afirma.
Piva, que mora numa casa linda, na Fonte da Saudade, com o marido, Carlos Tufvesson, fala aqui dos maiores pecados cariocas na decoração, ou seja, tudo que você deve evitar – se quiser, claro. Leia suas dicas:
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Móveis de Bali
“Móveis de Bali: ninguém aguenta mais nem ver. São pesados!”.
Mania de aproveitar
“Tapete menor que o sofá: carioca, independentemente da conta bancária, tem mania de aproveitar.”
Seda na orla
“Cortinas, sofás e almofadas de seda na orla: não se prestam ao clima – a umidade e a maresia fazem ressecar e rasgar fácil.”
Palhinha
“Palhinha no lavabo (anos 1980): não dá.”
Livro a metro
“Livro a metro, pra decorar: Deus me livre – só vale lido. Livro usado a metro em decoração, é praticamente um crime hediondo.”
Quadro x sofá
“Quadro combinando com sofá: é o fim.”
Móveis genéricos
“Móveis de época, genéricos, vulgo réplica: muita gente tem, mas só vale se for autêntico. É a mesma coisa que comprar bolsa falsa em camelô. Se não pode, não compra.”
Paredes salmão
“Paredes salmão: já são muito datadas.”
Poltrona egg
“Poltrona egg (aquela anos 50, de seriados, oval e geralmente vermelha, pra ficar moderno): já está muito vista. Chega.”
Plafon marmorizado
“Plafon marmorizado (aqueles de luz no centro dos quartos): costumam ser brancos; o pessoal acha chique fazer uma pintura de efeito marmorizado, tipo alabastro. Quanto a isso, sem palavras.”