Como sabido, o presidente da França, François Hollande, enfrentou uma manifestação, liderada pela Igreja Católica, nesse fim de semana, contra o projeto do governo que libera o casamento gay no País, onde já é permitida a união civil de pessoas do mesmo sexo, e a adoção feita por homossexuais.
O fato, repercutido no mundo todo, deixou muita gente chocada. Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, comenta que acha um absurdo a investida da Igreja: “Imagina os espíritas obrigando todo mundo a raspar a cabeça ou fazer obrigação para Oxum… Imagina os judeus fazendo lobby para que no país fosse proibido o consumo de carne de porco… Imagina os muçulmanos passando no Congresso Nacional uma lei que nos obrigasse a ajoelhar para Meca ao meio-dia… É a mesma coisa!”
Para Tufvesson, o princípio do Estado laico foi desrespeitado: “É a única maneira de respeitar todas as religiões e, inclusive, os ateus. Portanto, o Estado laico respeita o cidadão de maneira geral”, completa. Independentemente de a população francesa estar dividida sobre o assunto, Hollande já afirmou que vai manter o plano inicial, ainda que possa haver centenas de milhares de cidadãos contrários a ele.