Há milênios, vivemos profundamente adormecidos, hipnotizados pelo sistema e esquecidos de quem somos… Começamos a nossa história pela “Era do Fazer”, quando o poder era detido pelos proprietários de terras. Enveredamos na “Era do Ter”, e o poder foi transferido para os proprietários das indústrias, os banqueiros e os grandes comerciantes… Finalmente, estamos entrando na “Era do Ser”…
É tempo de questionar nossas verdades e nossas crenças, pois só assim ocorrerá o milagre da transformação. Afinal, o que é mais importante: ter razão ou ser feliz? E, para ser feliz, temos que descobrir o segredo da “receita da sopa quântica”: “O mundo externo é apenas o reflexo do mundo interno individual e coletivo.” (Einstein)
A nossa consciência determina nossa maneira de pensar, mas de que são feitos os pensamentos? Desde o útero até a adolescência, somos programados de acordo com as impressões que recebemos e que ficam indelevelmente gravadas em nosso inconsciente, com muitas mensagens construtivas, outras, destrutivas, criando um Sistema de Crenças particular – uma verdadeira armadilha – que distorce a realidade.
Essas crenças – bem ou mal compreendidas – formam as lentes através das quais interpretamos o mundo, e são as responsáveis por nossos pensamentos, assim como por nossas reações químicas: as emoções. Nosso cérebro funciona por associação e, da mesma forma que um computador, respondemos e reagimos automaticamente, de acordo com a programação recebida. Somos prisioneiros de nossas crenças, de nosso programa, e só vemos através de lentes que distorcem a realidade.
Afinal, qual é a realidade? A dos olhos ou a do cérebro? O que vemos não é a natureza do objeto, e, sim, a natureza do “observador” e dos instrumentos (as lentes das crenças) que usamos para enxergar. O cérebro não reconhece a diferença entre o que vê e o que já estava registrado nele. A crença, a memória e a interpretação pessoal definem o que vemos.
Para começar a descobrir a realidade e desmontar essa armadilha, precisamos descobrir o que está armazenado em nossa memória, em nosso subconsciente, e abrir mão das pseudoverdades às quais nos agarramos ferozmente, alimentando o orgulho com o que pensamos saber. Para isso, temos necessidade de um espelho que nos ajude a enxergar a nós mesmos. Esse espelho pode ser o conhecimento através de leituras, técnicas de autoconhecimento, terapia ou psicanálise.
Muito mais importante do que conhecermos o mundo exterior, seria mergulharmos sem medo no universo interior e, finalmente, descobrir quem somos nós!