A vida de Isabel Fillardis vai muito além de sua carreira artística. Casada com o engenheiro ambiental Júlio Cesar e mãe de Analuz e Jamal Anuar, ela fundou, em 2003, o Instituto Doe Seu Lixo, com o objetivo de reduzir os impactos ambientais provocados pelo descarte dos resíduos feito de maneira incorreta, estimulando a conscientização no que diz respeito ao lixo, a cidadania e a sustentabilidade. Exatamente por essa razão, ela está à frente do programa “Planeta”, da JB FM (99.9). Mostrando que lixo é coisa séria e pode ser transformado em algo bonito, o Doe Seu Lixo vai promover em novembro o Rio Eco Moda, evento de moda sustentável que levará ao galpão do Instituto do Doe Seu Lixo, na Leopoldina, no Centro, o melhor da moda ecologicamente correta. Isabel é a madrinha do evento! Talvez, mais importante que tudo, seja seu comportamento, sempre com um olhar atento ao outro, o que chama muita atenção.
UMA LOUCURA: “Minha maior loucura foi na adolescência, quando fugia do colégio pra encontrar o namorado. Fiz isso algumas vezes.”
UMA ROUBADA: “É uma roubada não se alimentar bem, porque é você se maltratando, se detonando – ainda que gradativamente. Quanto melhor se alimentar, melhor a pessoa vai ficar. É a matemática do negócio!”
UMA IDEIA FIXA: “Desenvolver meus projetos. Atualmente, são projetos culturais e peças na área de sustentabilidade. Gosto de planejar coisas pra eu executar, seja como atriz, como produtora… Estou sempre me empenhando. Agora também estou no terceiro setor com minhas organizações, como a Doe Seu Lixo (de sustentabilidade) e a Força do Bem (para pessoas com deficiência). E ainda quero fazer mais coisas na área cultural.”
UM PORRE: “De álcool, nunca tomei, porque não bebo, não tem como! Com relação a porre em geral, acho muitíssimo chato quando pessoas de órgãos públicos pensam em si mesmas. Elas estão ali no cargo para exercer função para o todo e acabam exercendo em função do próprio umbigo. É uma coisa viciosa: existem pessoas que vão supervirgens para fazer algo bacana, mas não conseguem porque esbarram numa estrutura pré-moldada, que fica difícil furar. Ou adere ou sai!
UMA FRUSTRAÇÃO: “Toda as que vieram na minha cabeça agora são muito barra pesada. De maneira geral, fico frustrada quando alguém não tem o seu devido valor – quando ele é altamente produtivo, benéfico, faz o bem dentro de sua área ou para o todo, e não é reconhecido.
UM APAGÃO: “Me provoca apagão eu ter “N” funções pra fazer. Tem dias que são várias demandas: casa, filho, marido, obra em casa… E aí dá apagão! Tenho que fazer listinha, pra riscar o que já fiz. Quem tem esses apagões precisa de uns empurrões pra andar mais ligeiro, pra não perder o raciocínio, pra não esquecer.”
UMA SíNDROME: “Não sei se tenho. Eu tinha algumas… Era chocólatra, mas hoje isso está dominadíssimo. Estava trabalhando em TV e, aí, tem que manter um determinado peso, pra não parecer “bolotinha”. Estou supercontrolada. Tinha também apego em assistir a novelas, mas já dominei. Hoje em dia, tenho períodos de comprar sapatos, bolsas… Mas estou muito equilibrada. Equilíbrio tem sido meu nome.”
UM MEDO: “Tenho alguns medos. Mesmo sendo espírita da forma que sou, tenho medo, principalmente da passagem da morte. É algo que me pego pensando e me sinto sufocada, por não saber como é. Você só vai saber quando passar. Me deixa angustiada por mais que entenda que existe o outro lado. E isso é real pra mim. Já vivi experiências, inclusive o tratamento espiritual com meu fiho (Jamal Anuar, que nasceu com Síndrome de West, que compromete o desenvolvimento da criança).”
UM DEFEITO: “Diante de situações negativas, baixo a guarda demais. Tendo a ficar murcha, me deixo levar pela situação. Ultimamente, estou buscando ter mais fibra, mais certeza, mais convicção. Tem coisas que são realmente difíceis… Outro defeito é a minha impaciência! Tem que ser trabalhada diariamente.”
UM DESPRAZER: “Tenho desprazer quando descubro que alguém é usuário de drogas: é uma autodestruição muito grande. Tinha um amigo que, quando descobri, falei que não conseguia conviver com aquilo. Acabou que me mudei e, tempos depois, soube que ele embarcou nessa de verdade, quase morreu. Então, não dou conta disso tudo, dessa situação, principalmente com uma pessoa próxima. É uma energia negativa em volta. Pra que experimentar? Nós não sabemos da nossa resistência… O corpo é feito de reações químicas que às vezes desconhecemos.”
UM INSUCESSO: “Não tive. Sob todos os aspectos – porque o insucesso só posso dizer no fim da minha vida, depois da análise toda. Tudo está em curso. Existem pedras no caminho, perdas de batalha… Mas sobre o insucesso não posso responder.”
UM IMPULSO: “De comer besteira na rua. Adoro sanduíche e fast food. É um horror! Estou tentando me controlar, vou à nutricionista. Dia de semana, não como mais, só um sábado ou um domingo… E a alimentação reflete em tudo: cabelo, pele, unha… Tem sido positivo controlar o impulso!”
UMA PARANOIA: “Não passo debaixo de escada nem de andaime. A sensação que tenho, quanto à escada, é de que não vou crescer; no andaime, a sensação é a de que vai cair em cima de mim. Ah, também não passo em passarelas! Num carnaval, tive que passar por aquela na Presidente Vargas (Centro do Rio), porque errei o lado da concentração… Quase enforquei minha mãe, de tanto que a apertava…”