Por Ary Alonso
Coaching de Consciência (espiritual/cabalista)
Que coisa linda é o amor.
Tão lindo e tão perigoso. Não pelos riscos que parecem existir quando amamos, mas, sim pelo equívoco de acharmos que é a solução para todas as mazelas humanas.
Independente das pessoas não terem respeito pelos outros, falam e escrevem sobre o belo sentimento para que se sintam proprietárias dele.
É interessante observar como mesmo o amor de uma mãe, quase sempre sublime, na maioria das vezes é apenas uma demonstração de interesse próprio no intuito de manter a prole protegida para seu sossego.
Diz a sagrada escritura que é nosso dever amar ao próximo, mas um estranho capricho da natureza faz com que a prática seja percebida como uma lenda.
Quase ninguém viu…
A nossa essência é o desejo pelo melhor, no entanto, para isso somos capazes de estabelecer todo tipo de limite, mas em nome do verdadeiro sentimento, qualquer barreira deve ser superada, qualquer exagero tolerado, afinal, é o amor.
Vivemos para encontrá-lo, para tanto criamos manifestações exacerbadas de emoções, como prova de sua existência.
A maior delas é a doação.
O governo, na sua generosidade peculiar, doa dinheiro aos pobres numa demonstração de amor.
Os religiosos pedem doações como prova de que o amor salva.
O encontro virtual entre amigos e amores supera todas as barreiras.
O mundo é dos atores e atrizes, porque sob o manto do sentimento que deveria unir, estão todos cada vez mais separados pelos fatos.
Mas, o show deve continuar e pouco importa a verdade, não interessa o porquê das coisas, apenas a aparência que pode levar a empatia e fama.
Em algum momento vamos perceber que se os nossos atos não corroboram com nossas palavras, elas de nada valem.
Mesmo que se diga: “eu te amo”, um milhão de vezes.
Cuide da causa e controle o efeito.
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