Por Ary Alonso (Coach espiritual/cabalista)
A coisa que o ser humano menos gosta é de mudar. Qualquer tipo de mudança deixa a pessoa de cabelo em pé. Quase ninguém gosta de mudanças na vida, a não ser os empreendedores que saem por aí criando coisas novas e desbravando mercados quase que inexistentes.
Quando acontece uma mudança de lugar ou de mesa, o funcionário entra em desespero – parece que preferia ser mandado embora a mudar de andar ou de setor. Uma das maiores dificuldades nas empresas modernas é a avaliação. Gostamos de mudar de casa, de apartamento ou de namorada, mas de atitude ou comportamento, especialmente se por uma crítica do chefe, ninguém quer.
A explicação é simples: a natureza, ou programação, da nossa consciência física, a inteligência racional e lógica, só sabe pensar no imediato: “O que é que eu ganho com isso agora?” Ora, no momento em que estou sendo avaliado, como posso ganhar alguma coisa? Não sendo elogio, é fria.
Temos dificuldade em pensar nas consequências, não enxergamos que a mudança é o propósito da vida. Não existe outra forma de crescer, amadurecer ou evoluir.
Profissionalmente, pensamos que o nosso trabalho é para o patrão, e isso é só uma visão míope das coisas. Estamos construindo a nossa vida; se ela foi feita de vadiagem ou enganação, é nossa.
Conta-se uma história de um mestre de obras que, depois de trabalhar muitos anos numa empresa, estava cansado e queria se aposentar.
Acontece que era um funcionário exemplar, que construía casas populares com perfeição de acabamento e estrutura. A empresa não queria perder tão boa mão de obra. Depois de insistir muito, o patrão concordou e lhe pediu apenas que construísse uma última casa. Mesmo querendo parar imediatamente, acabou por ceder ao pedido de fazer mais uma. A impaciência tomou conta do dia a dia da sua vida, o que acabou refletindo no seu trabalho, com uma casa de estrutura fraca, paredes tortas e instalações malfeitas. Até que um dia a casa ficou pronta. Foi entregar a chave ao patrão, que já estava com o cheque pronto da aposentadoria e devolveu-lhe a chave, dizendo: “Muito obrigado pelo seu trabalho esses anos todos. Essa casa é pra você”.
Fazer um trabalho mais ou menos só quer dizer que aquele pedaço da sua vida será mais ou menos.
Faça sempre o melhor, porque nunca é para os outros. A única coisa que conseguimos afetar permanentemente é a nossa própria vida.
Cuide da causa e controle o efeito.
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