A jornalista francesa Judith Benhamou-Huet chamava atenção na abertura da exposição “Warhol TV”, no Oi Futuro, no Flamengo, nessa terça-feira. Elegantíssima, a curadora acompanhava Vincent Fremont, amigo e assitente de Andy Warhol em suas últimas décadas de vida. A exposição, que passou os útlimos dois anos por Paris e Lisboa, traz trechos de vários programas que o rei da “pop art” fez: parte só foi visto na ilha de Manhattan, por conta do alcance restrito que os transmitiam. “O jeito com que entrevistava as pessoas era único. Estranho, absurdo, por isso, interessante. Às atrizes, perguntava: Por que você pinta o seu cabelo? Para (o pintor) Jean-Michel Basquiat: Por que suas meias têm cores diferentes?”, conta Judith. A seleção das imagens começou quando Judith viu uma pequena amostra na New Gallery, em Londres, e começou a pesquisar sobre a vida do artista no Museu Andy Warhol, em Pittsburgh, na Pensilvânia, onde o menino, filho de imigrantes que chegaram pobres da Eslováquia, nasceu e se formou designer, antes de partir para Nova York. . “Se Andy acreditava, investia. Queria ter o controle de tudo, fazer TV de verdade, e não arte na TV”, disse Fremont, que ainda fica emocionado quando menciona a morte repentina do amigo, depois de uma cirurgia na vesícula, em 1987. Durante o evento, um bate-papo sobre o mundo da moda.