O livro “Canalha, substantivo feminino”, da jornalista Martha Mendonça, chega às livrarias nesta sexta-feira e promete revoltar muitas feministas. Com prefácio da antropóloga Mirian Goldenberg, ela classifica a publicação de “cruel e muito divertida”, já que Martha inverte a lógica brasileira de gênero que repete que “homem não presta” ou que “todo macho de verdade é cafajeste”, mostrando que a mulher, quando quer, sabe muito bem como ser canalha. Depois de escrever os livros “Mulheres no Ataque”, com Carla Rodrigues, e “Eu e Você, Você e Eu”, com Nelito Fernandes, e a peça de teatro “Os Difamantes”, Martha sempre criticou a postura de vítima, tão presente no discurso das mulheres brasileiras. Para ela, todas podem ser (um pouco ou muito) canalhas, especialmente as que parecem frágeis, doces e inocentes. Martha ainda diz que os homens são mais canalhas em quantidade, mas que as mulheres sabem ser com muito mais qualidade.