A visita de Dilma Rousseff à Argentina foi comentada pelo jornal “La Nación”, nesta quarta-feira. O periódico lamenta o desequilíbrio entre os dois países, especialmente o fato de empresas brasileiras terem comprado, nos útlimos anos, empresas argentinas, e não vice-versa. Segundo dados de consultorias locais, como a Abeced.com, no ano passado, os investimentos brasileiros por lá atingiram US$ 5 bilhões. O Brasil é o país que mais investe em seu principal sócio do Mercosul, e isso pode incomodar setores da sociedade argentina. “Diante dessa situação, a presidente Kirchner não revelou um plano para revertê-la, ou, pelo menos, para melhorá-la. Isso é preocupante, sobretudo porque contraria a suposta linha de seu governo (a defesa das empresas nacionais)”, comentou o “La Nación”, relembrando as principais operações dos últimos anos: o Banco do Brasil comprou o Banco Patagônia, a Petrobras assumiu o controle da Perez Companc, a Alpargatas São Paulo adquiriu a Alpargatas Argentina, a Camargo Correa ficou com a Loma Negra (principal fabricante de cimento da Argentina) e a Belgo Mineira comprou a Acindar.