Como militante, Carlos Tufvesson está impressionado com a quantidade diária que recebe de e-mails de listas de ativismo contando sobre mortes bárbaras de travestis pelo País. Segundo ele, são mais de três casos por dia relatanto casos de assassinatos e tortura contra homossexuais. “É gritante como a violência contra homossexuais cresce no Brasil. O Poder Público tem que fazer alguma coisa”, apela Tufvesson, próximo do Dia da Visibilidade Trans, que será comemorado neste sábado em todo o País. “E pensar que o machão Erasmo Carlos já cantou a beleza de Roberta Close sem que isso deixasse a nossa pudica sociedade assustada e sem que tivesse sua sexualidade questionada por fundamentalistas”, critica chocado com o retrocesso das pessoas, lembrando que o Brasil foi o primeiro a discutir sobre a União Civil, pautada no Projeto de Lei 1.151, proposta de Marta Suplicy ao Congresso, em 1996. “Éramos um país de vanguarda e, hoje em dia, viramos a vanguarda do atraso”, conclui Tufvesson, que ainda indica o disque-homofobia: 0800.0234.567 – um serviço criato pelo Estado em combate à discriminação.