Ary Alonso (Coaching espiritual)
Se nos voltarmos para a História, podemos lembrar que, até há pouco tempo, não se levava muito em conta o que uma criança dizia.
Achamos que esses pequenos seres são quase incapazes; no mínimo, limitados.
O fato é que, fisicamente, eles são mesmo menos capazes do que os adultos. Mas e daí? O físico é o que menos importa. Ou você acha que é alguma coisa física que governa o universo?
Na verdade, seria muito bom se prestássemos mais atenção às crianças de até 7 anos. Até essa fase, segundo os cabalistas, as crianças “acessam” ainda a memória da alma – a consciência que está por trás de tudo, que domina o tempo, espaço e movimento.
Nós, os mais velhos, vamos criando tantas limitações de pensamentos e atitudes, que não lembramos e nem reconhecemos mais quem somos. O senso comum bloqueia o acesso da inteligência do corpo na direção da alma.
Uma amiga contou que um dia, após o pai explicar ao filho deles o quanto era importante só dar atenção ao material, às coisas físicas, a tudo que podemos ver e pegar, o filho virou-se pra ela e disse baixinho: “Mãe, ele ainda não sabe.” Em seguida, falou com o pai: “Você nunca viu seu bisavô, mas sabe que ele existiu, né?”
No fundo, todos nós sabemos, mas preferimos nos enganar. É mais fácil lidar apenas com o que enxergamos, com a realidade temporária, e depois creditamos a repetição de acontecimentos na nossa vida, como algo inexplicável do além.
A realidade permanente só pode ser alcançada aqui, nas dimensões físicas, a partir de sabermos que ela existe.
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