Tenho percebido que as pessoas que se sentem mais só, geralmente, estão com alguém. A maioria de nós tem pavor de ficar sem namorado/a ou companhia, mas existem muitos também que morrem de medo só de pensar em ter relacionamento. Imaginam logo que, para estar com alguém, precisam abrir mão de suas neuroses e manias. E isso ninguém quer!
Também – pudera -, para onde olharmos, estaremos vendo coisas que valorizam o individualismo: "Cada um tem seu estilo"; "Cada um tem o seu ideal"; "Cada um tem sua escala de valores". O senso comum virou rótulo de pasteurização e cada um personaliza a vida de acordo com sua visão egocêntrica. Harmonia e equilíbrio emocional que se danem. Eu sou eu, diferente!
A felicidade vendida pela sociedade atual precisa ser preenchida com coisas; aí, se estou com alguém, isso pode ser só um preenchimento: ninguém quer parecer encalhado/a!
Quando estamos em algum tipo de relacionamento qualquer, inclusive namoros que parecem de adolescentes, muito usados pelos "adultos" hoje em dia, não queremos construir nada, não fazemos nenhum compromisso futuro além de um certo respeito e fidelidade. Até porque galinhagem está fora de moda. Um assanhamento leve pode até ser de bom tom, dar graça, mas sem exageros.
Para não nos sentirmos sós, quando estamos acompanhados ou não, precisamos estar equilibrados com nós mesmos, cuidar de ser o melhor que podemos para nós, e não para os outros. Aí estaremos em condições de gerar um estado de ânimo em direção da alegria e felicidade. Agora podemos criar harmonia e equilíbrio verdadeiros com algum parceiro/a e construir uma nova história.
Por Ary Alonso (Espiritualista) 02/09/2009